Durante algum tempo, mergulhado em minha correria cotidiana, acreditei que os caixas eletrônicos dos bancos eram problemáticos. Eram lentos; não atendiam às necessidades imediatas dos seus clientes. Mas eu estava errado. Não há problemas com os caixas. O problema está nas pessoas que os utilizam.
O sujeito, não digo cidadão, se dirige a um caixa rápido, na maioria das vezes, sem a noção de que outras pessoas compartilham a mesma necessidade. As máquinas que são para uso de todos os clientes, acabam muitas vezes sendo monopolizadas por um indivíduo, que nem sabe ao certo o que quer, ou não consegue manusear o equipamento como deseja.
Há aquela pessoa que não sabe fazer uma operação, mas insiste em tentar fazer-la sozinho, tomando o tempo de todos e alongando a fila quilométrica atrás de si.
Tem também aquele que quer sacar um dinheiro, mas não tem a menor idéia do que há em sua conta. Este, toda vez que se dirige à máquina, tem que primeiro ver o saldo e depois saca. Saldo se vê uma vez por semana, ou quando você se perde em seu orçamento. Pra que olhar toda vez que vai sacar dinheiro?
Mas o que mais irrita é o indivíduo que vai sacar dinheiro com dois, três ou quatro cartões diferentes. Todo mundo tem o direito de fazer pelo menos uma operação em tempo hábil; de forma rápida. Afinal o nome do atendimento é Caixa Rápido.
Mas execrável é aquele ser que vai fazer favor para os outros, esquece algum detalhe como o número da conta ou da agência e tem que interagir com o titular da conta por telefone antes e durante a operação. Tenha a santa paciência!
Um banco não funciona para uma única pessoa. Todos os clientes pagam impostos para poderem ter os mesmos serviços à sua disposição de forma rápida e efetiva. Então, não é lógico nem aceitável que um insensato qualquer use um serviço - que era para ser rápido e desafogar o conturbado dia a dia dos bancos – de forma egoísta e irresponsável. Passa o tempo, passam as gerações, desenvolvem-se as tecnologias e a ciência, mas o ser humano continua burro e tirando zero no quesito cidadania.
Augusto F. Guerra