Construí minha ponte firme e forte
Certo da engenharia de minhas emoções
Na vaidade de minha inocência,
Alardeei em vão meu feito à multidão
Pobre diabo!
No primeiro vento foram-se
As pilastras de sustentação
E meu sonho imergiu nas águas do esquecimento
Os ecos da multidão me diziam o que eu já sabia;
O que minha razão sufocada tentou
Por vezes me dizer
Mas, firme, e certo de que cada fim
É um novo começo
Nado agora em busca da terceira margem do meu rio
Onde recomeçarei impetuosamente tudo outra vez
Augusto F. Guerra