Pensei que fosse uma crise
Um desses momentos de raiva,
De egoísmo, de desânimo...
Mas era simplesmente eu
Um eu oprimido, sufocado
Um eu de sentimentos pouco nobres
Um eu de leviandade, de mesquinhez
Um eu sem altruísmo,
Um eu pobre e egoísta
Mas ante a vil descoberta
Cintilava, em algum espaço
Da consciência, um sorriso sincero
Uma manifestação sutil
De sinceridade
Tímida, mas
De uma satisfação
Única
Satisfação do não esconder,
A verdade
Não mais... A ‘vilania’ inata
Uma complexidade de sentidos
A crueldade de ser bom
Na anulação continua
Da padronização imposta
E a maldade latente
De ser sincero somente
No crepúsculo
Da solidão
Do silêncio se fez a voz
Da dormência a atividade contínua
Do medo a coragem emergente
Da demência a efusão de razão e idéias
Mostro meu rosto
Inda ruborizado e prematuro
Ergo o braço. Aponto cada semblante
Com interrogações nas sobrancelhas
E antes que se macule, com o taciturno
E coletivo desprezo da corja dos dementes,
Minh’alma
Mergulho na musica dissonante
E repleta de contratempos,
E contrapontos
De ser
Eu mesmo
Augusto F. Guerra
2 comentários:
taí, gostei! essa coisa de ser a gente mesmo é estranha... o pior é que é a gente.
haa de endereço novo, novamente... já que o outro fiz o favor de perder a senha.
Somos seres dissonantes... Talvez seja esta a única verdade universal!
:p
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