José era um jovem de 7 anos que morava em um barraco numa favela na cidade de Salvador. Era um local sem qualquer infra-estrutura. A dignidade havia passado longe dali. José tinha um sonho. Como assistia muitos filmes de ficção científica sobre alienígenas e seres interplanetários, imaginava um dia poder ver ou ter contato com estes seres. Certa noite, em torno das 3hs da madrugada, José acordou com uma luz estranha em seu quintal, um barulho muito grande. Não conseguia identificar aquele som estranho que parecia vir do céu. Por um instante seus olhos brilharam. Claro, só podia ser uma nave espacial. Ele não podia perder a oportunidade de ver aquilo. Correu para a cozinha da casa. Seus pais saíram do quarto no mesmo instante. Ainda disseram. “José, não”. Mas aquela talvez fosse a única oportunidade de ele, José, ter um contato extraterrestre. Não pensou duas vezes, abriu a porta e saiu correndo para o quintal. Olhou para cima a luz forte cegava seus olhos. Antes que pudesse identificar o formato do objeto voador, uma bala atravessou sua cabeça. Seu corpo desabou no chão. Os policiais pularam o muro e correram em direção ao menino, enquanto o helicóptero continuava a percorrer a favela em busca de uma quadrilha de traficantes.segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
2010 uma odisséia em meu quintal
José era um jovem de 7 anos que morava em um barraco numa favela na cidade de Salvador. Era um local sem qualquer infra-estrutura. A dignidade havia passado longe dali. José tinha um sonho. Como assistia muitos filmes de ficção científica sobre alienígenas e seres interplanetários, imaginava um dia poder ver ou ter contato com estes seres. Certa noite, em torno das 3hs da madrugada, José acordou com uma luz estranha em seu quintal, um barulho muito grande. Não conseguia identificar aquele som estranho que parecia vir do céu. Por um instante seus olhos brilharam. Claro, só podia ser uma nave espacial. Ele não podia perder a oportunidade de ver aquilo. Correu para a cozinha da casa. Seus pais saíram do quarto no mesmo instante. Ainda disseram. “José, não”. Mas aquela talvez fosse a única oportunidade de ele, José, ter um contato extraterrestre. Não pensou duas vezes, abriu a porta e saiu correndo para o quintal. Olhou para cima a luz forte cegava seus olhos. Antes que pudesse identificar o formato do objeto voador, uma bala atravessou sua cabeça. Seu corpo desabou no chão. Os policiais pularam o muro e correram em direção ao menino, enquanto o helicóptero continuava a percorrer a favela em busca de uma quadrilha de traficantes.terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Novos vendavais( trilogia)
I. Nuvem de neon
Não sei quando nem como
Mas algo bagunçou aqui dentro
Meu reflexo era tão claro e preciso
De repente... Meu espelho ficou míope
II. Natureza morta
A brisa suave da noite veio
Deixou-me tonto e confuso
Perdi o equilíbrio, quase caí
Um cheiro de estrelas ficou
Impregnado em meus sonhos
Na casa de taipa vi...
A grande roda de madeira
Começar a brincar com o rio
Beijar-lhe a pele dissolúvel
E tentar desesperadamente
Reter suas águas
Que infiltravam na madeira
Velha e úmida
Acariciavam seu espírito
E viravam vapor
III. Passos de pó
Peguei uma corda
Forte e resistente
Lacei um nó
Amarrei-a
Num ponto alto
Da casa
Depois preparei
Uma alça
Com o diâmetro
Exato
Firme subi num banco
Certo da minha decisão
Alcei a corda
Bem apertada
Depois saltei do banco
Do chão observei embargado
O estrangulamento da minha
Poesia
Augusto F. Guerra