I. Nuvem de neon
Não sei quando nem como
Mas algo bagunçou aqui dentro
Meu reflexo era tão claro e preciso
De repente... Meu espelho ficou míope
II. Natureza morta
A brisa suave da noite veio
Deixou-me tonto e confuso
Perdi o equilíbrio, quase caí
Um cheiro de estrelas ficou
Impregnado em meus sonhos
Na casa de taipa vi...
A grande roda de madeira
Começar a brincar com o rio
Beijar-lhe a pele dissolúvel
E tentar desesperadamente
Reter suas águas
Que infiltravam na madeira
Velha e úmida
Acariciavam seu espírito
E viravam vapor
III. Passos de pó
Peguei uma corda
Forte e resistente
Lacei um nó
Amarrei-a
Num ponto alto
Da casa
Depois preparei
Uma alça
Com o diâmetro
Exato
Firme subi num banco
Certo da minha decisão
Alcei a corda
Bem apertada
Depois saltei do banco
Do chão observei embargado
O estrangulamento da minha
Poesia
Augusto F. Guerra
3 comentários:
O mestre Fabio!!!
Demorei um pouco para achar seu blog e ainda só achei porque lembrei da historia “A adiposíssima senhora...”
Certa vez você me fez fazer umas modificações em “Minha terra tem palmeiras onde canta o sabia...” e transformei em “Minha terra tem mulheres as quais sempre hei de amar...”O tempo de BregaD massa.
Depois eu te fiz uma pergunta “como se faz um poema professor?”e a resposta do mestre foi “escreve o que você quiser!!!”. Então ai eu descobrir que a essência de um poeta é o que é simples, pois todos entendem, é apenas dizer realmente o que pretendo dizer, acho que por isso eu enlouqueci e virei mais um louco musico e poeta nesse planeta minúsculo.
Poetas são sérios?
Se for eu não sou poeta sou uma raça parecida!
Resolvi modificar um poema seu “A natureza morta” claro de uma maneira irreverente, pois não sou louco e não ando sendo serio com amigos, espero que goste.
A erva morta
Um cheiro suave dela veio
Deixou-me tonto e confuso
Perdi o equilíbrio, quase caí
O cheiro de ervas ficou
Impregnado em meus sonhos
Minha casa de taipa vi ...
Cair do morro como uma grande roda de madeira
Ate se desfazer dentro do rio
A raiva era minha pena do baseado
Que tentei desesperadamente
Esconder das águas
Que infiltravam no papel
Já velho e úmido
Destruindo a viajem do meu espírito
Que virou fumaça.
se puder da uma olhada no meu blog.
www.pensamentosloucuras.blogspot.com
Gostei muito do seu blog!! Você tem o dom da escrita!! Continue assim!!
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