Os olhos nem sempre alcançam
Alem das aparências remotas
O jogo está lançado e a máquina
Do tempo funciona a curtas engrenagens
Dois peões daqui, um bispo de lá
É tudo uma grande fornalha
Para queimarmos a rainha obsoleta
Desse xadrez pertinente e descontinuo
O tabuleiro desbota em lembranças degrades
Num matiz de arrepios e ávidos impulsos
É hora de dar pouso à caravana
Alimentar as mentes lúdibres
Dar a ração dos coiotes da intemperança
E abraçar os cadáveres podres
Que descansam no sótão
Augusto F. Guerra
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