terça-feira, 15 de março de 2011

Resiliência


Construí minha ponte firme e forte
Certo da engenharia de minhas emoções

Na vaidade de minha inocência,
Alardeei em vão meu feito à multidão

Pobre diabo!
No primeiro vento foram-se
As pilastras de sustentação
E meu sonho imergiu nas águas do esquecimento

Os ecos da multidão me diziam o que eu já sabia;
O que minha razão sufocada tentou
Por vezes me dizer

Mas, firme, e certo de que cada fim
É um novo começo
Nado agora em busca da terceira margem do meu rio
Onde recomeçarei impetuosamente tudo outra vez


Augusto F. Guerra

2 comentários:

Regilson disse...

Show! Muito bom!

Como esta vc? Por onde andas?
Já leu meu livro?
Abraços

Unknown disse...

Escrever é uma compulsão deliciosa... Muito bom!!! E você escreve muito bem! http://jane-reis.zip.net/