segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Oblíquo acaso

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De longe a avistei
Como numa quimera
Em sintonia com o mar
Olhos de maresia
Sorriso de sol
Pele alva como o pensamento

Na aquarela de meu íntimo
Suas cores gritavam azul
Sereia de um sonho de criança
Netuno de mares voluptuosos

Na mão o coração em púrpuro desejo
No peito um olhar anestésico

E a vida lhe corria pelas veias
Em translúcida calma
Em fervorosa beleza

Ah, aqueles olhos machadianos...

Fabio Cruz

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