quinta-feira, 12 de novembro de 2009

(Augusto F. Guerra)

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A vida, eterna contradição
Viver, conviver, deixar, partir


Lágrimas, sorrisos, abraços...
Tudo num redemoinho de sentimentos


Explosão de afetos
Implosão de tristeza



Na estação da despedida
Um sentimento de nó
Na garganta um oceano
Nos olhos um silêncio molhado


O trem está pra chegar
Só mais uns minutos
Na boca o som de despedida
Adeus, adeus, adeus
O eco da lembrança


Chega a hora
O trem vem
O trem para
O trem vai,
Fica a memória
O dia-a-dia
As palavras, os gestos
Os sorrisos, os sins, os nãos


Agora é hora de seguir
Os trilhos estão logo à frente
Nele o mesmo trem
Que partiu
Cheio de passageiros
De amigos
De irmãos
De aprendizados
De experiências
Cheio de histórias


E dentro de cada vagão
Um pouquinho de nós
Que vai
E que fica
Que vai
Que fica


Que vai e
Que Fica!

Augusto F. Guerra

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