A vida, eterna contradição
Viver, conviver, deixar, partir
Lágrimas, sorrisos, abraços...
Tudo num redemoinho de sentimentos
Explosão de afetos
Implosão de tristeza
Na estação da despedida
Um sentimento de nó
Na garganta um oceano
Nos olhos um silêncio molhado
O trem está pra chegar
Só mais uns minutos
Na boca o som de despedida
Adeus, adeus, adeus
O eco da lembrança
Chega a hora
O trem vem
O trem para
O trem vai,
Fica a memória
O dia-a-dia
As palavras, os gestos
Os sorrisos, os sins, os nãos
Agora é hora de seguir
Os trilhos estão logo à frente
Nele o mesmo trem
Que partiu
Cheio de passageiros
De amigos
De irmãos
De aprendizados
De experiências
Cheio de histórias
E dentro de cada vagão
Um pouquinho de nós
Que vai
E que fica
Que vai
Que fica
Que vai e
Que Fica!
Augusto F. Guerra
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