domingo, 14 de setembro de 2008

Amargo

Fere...

Corta...

Dilacera a carne, lembranças


Em chamas a alma crepita

De onde o inferno era só uma chama...

No fundo um desejo:

Congelar no frio da solidão

Para anestesiar as feridas

Da incisão brutal do abandono


Sem asas para voar o destino é a queda

No vazio do encontro consigo

Um encontro tardio...

Arrependimento esquartejado

Dor latente, mente em convulsão


Olhos secos, rubro semblante


Serve-te da corda temperada para ti!

Espera teu o diâmetro pescoço

Ou isso...

Ou...


Fere...

Corta...

Dilacera a carne: Lembranças

Augusto F. Guerra

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