O assaltante apareceu numa esquina. Nem teve tempo de pensar em fugir. Quando percebeu o que estava acontecendo já havia um revolver no meio de sua cara. Walter, que sempre se gabou de nunca ter sido assaltado, estava agora numa situação bastante delicada. O ladrão, um jovem de aproximadamente 18 anos, moreno, magro, e com uma cara cadavérica, pedira a carteira, “Passa o dinheiro, vagabundo”. Ele a deu, mas não havia dinheiro. Nessas ocasiões o meliante tende a ser agressivo. Pois não encontrando o que busca a raiva e a frustração lhe tomam. E foi o que aconteceu. Primeiro, um soco na cara. Walter foi ao chão. Um, dois, três, quatro chutes nas costelas. Como se não bastasse, classicamente uma coronhada na cabeça. Como pegou de raspão, levou outra. Essa em cheio. Bem atrás da cabeça. O pobre cidadão tentou levantar. Mas não lhe houve essa oportunidade. Dois tiros “ta-tá”. Mais três, “ta-tá-tá”. O corpo ficou estendido no chão. O assassino abandonou o corpo e a cena do crime correndo. Após alguns minutos, um vigilante passando ali perto, avistou o corpo. Aproximou-se. Revistou o cadáver. Nada de mais havia nos bolsos, somente um isqueiro e dois cigarros de maconha. Pegou o isqueiro, um desses de camelô, acendeu um cigarro, deu uma tragada. Olhou mais uma vez o corpo, "Filho da pu*”. Eram 3:20 da madrugada.
Augusto F. Guerra
3 comentários:
hum... é... perfeito!
Fábio, meu caro... Aqui é a Rafaela. Peço permissão para colocar um link para o seu blog no meu blog, o Rafaela em Caldas...
:)
Por sinal, ei-lo:
http://rafaelaemcaldas.wordpress.com
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